O conceito de logística reversa não é algo novo. Há algumas décadas, já era comum, por exemplo, o processo de retorno de garrafas de vidro de refrigerante ou cerveja à empresa envasadora, embora não fosse conhecido por este nome. Nos últimos anos, a logística reversa ganhou força e se tornou mais popular devido às novas legislações ambientais e, também, ao aumento da consciência ambiental da população. Mas você sabe como ela funciona? Descubra no artigo de hoje.
O QUE É LOGÍSTICA REVERSA?
Logística reversa é o recolhimento de produtos e embalagens desde o local de consumo até a sua origem, seguindo o fluxo contrário da logística de distribuição para consumo. Ela pode ser de dois tipos: pós-venda ou pós-consumo. A pós-venda é quando o produto é retornado pelo consumidor por presença de algum defeito ou insatisfação, sendo bastante comum em empresas de e-commerce.
Já a reversa pós-consumo é aplicável a produtos que foram usados e descartados pelo consumidor devido ao fim de sua vida útil ou prazo de validade. Nesses casos, a logística trata de reciclar o produto, reutilizá-lo de alguma forma que retorne ao ciclo produtivo ou, simplesmente, dar o destino ambientalmente correto.
REGULAMENTAÇÃO
Desde a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, Lei nº 12305, de 2010, o conceito passou a ser mais conhecido. De acordo com a PNRS, a logística reversa é um instrumento para aplicação da responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores, pelos impactos causados a partir do ciclo de vida dos produtos. Mais que um compromisso ambiental, a PNRS descreve a logística reversa como uma via para o desenvolvimento econômico e social.
Ela se define por um conjunto de ações que possibilita a coleta e a restituição de resíduos sólidos ao setor empresarial. Os sistemas de logística reversa são implantados por meio de regulamentos, acordos setoriais e termos de compromisso. Dependendo do setor de atuação da empresa, a instituição dessas políticas pode ser obrigatória, como é o caso de produtos eletrônicos, agrotóxicos, pneus, pilhas e baterias, resíduos e embalagens de óleos lubrificantes e lâmpadas (fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista).
COMO FUNCIONA?
Para que uma estratégia de logística reversa funcione, é preciso começar a ação pelo fim da cadeia, ou seja, o consumidor final. O fluxo segue, basicamente, três etapas:
1 – Coleta
Primeiramente, o usuário final deve receber orientações sobre a possibilidade ou necessidade de retornar o produto usado a um posto de coleta. O ideal é que, em todos os postos onde houver venda desses produtos, exista, também, um ponto de coleta para aqueles usados.
2 – Retorno ao fabricante
A segunda etapa é o retorno desses produtos ao fabricante. Para que esse processo seja mais prático e menos custoso, o interessante é integrar uma rota de coleta com outra de entrega: o mesmo caminhão que entrega produtos novos ao comércio pode recolher os itens usados.
3 – Destinação adequada
Após os primeiros processos, enfim, o fabricante deve dar o destino correto a esses produtos retornados, que pode ser a reutilização em seu ciclo produtivo, reciclagem ou, quando nenhuma dessas alternativas for possível, o descarte ambiental adequado.
A reciclagem de resíduos de obra através da transformação destes em agregado, que pode ser utilizado como matéria-prima secundária, é um exemplo interessante de aplicação da logística reversa, uma vez que as usinas recicladoras podem receber entulho e vender agregado reciclado para a mesma obra, reduzindo, assim, os custos de frete. No mercado de construção civil a logística reversa é um assunto bastante em alta, já que este setor é responsável pela geração de enormes quantidades de resíduos, que podem ser facilmente reciclados e reintegrados à cadeia de consumo.
E você, já conhecia o conceito de logística reversa? Como faz para aplicá-lo na sua empresa? Até a próxima!
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Fonte: PlastPrime